sábado, 20 de março de 2010

Ode pobre ao velho sebo

No corredor escuro e empoeirado
Onde cabem todas as histórias do mundo
A vida vale o número de páginas
Drummond que amava Sabrina que competia com Júlia que grudava em Bianca
Que queria ser Iracema que pegava poeira ao lado da vida do Plínio Marcos
E de uma parede de Jorge Amados
A revolta em Chiuahua, os segredos do espírito-que-anda
Os regionalistas e o Mascarado Traçador amarelado
Cinquenta paus leva tudo
O cheiro de naftalina é cortesia da casa

3 comentários:

Pedro. disse...

O velho sebo da A. de Barros ganha finalmente sua merecida ode. Perfeito, meu caro, perfeito. Antológico. Pelo número de versos e considerando que ocupa um pouco menos do que meia página,
valeria meia pataca. Mas para o mundo, o nosso mundo de palavras, ele já nasceu valioso, empoeirado,imortal.
Abracao. Até Mar. Pedro.

A Line disse...

Cê tá ficando bom nisso, hein?

Anônimo disse...

cortesia da casa, tá aí, fiquei agradecido.