sábado, 29 de maio de 2010

Dennis Hopper

Acabo de ler sobre a morte do ator e diretor Dennis Hopper, de câncer, aos 74 anos. Hopper participou de alugmas das produções mais interessantes de Hollywood. Dirigiu, atuou e escreveu o roteiro de "Easy Rider", a obra-prima dos "biker movies". Fez também o alucinado fotógrafo de "Apocalipse Now" e, por fim, o vilão de "Veludo Azul", filme fodaço de David Lynch. Para homenagear o cara, segue abaixo a sequencia mais famosa do filme.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Guitarras, baby, guitarras!

Tá foda de escrever no bloguinho. Muito trampo. Mas tenho que contar sobre os shows do final de semana que foram muito fodas! Na sexta, encaramos o ZZ Top, banda que eu curto faz muito tempo. Aprendi a ouvir com minhas velhas amigas Samira e Sumaia que, aliás, eu não vejo há milênios. Encontrei pela última vez com a Samira na Livraria Cultura quando estava comprando o “Pornopopéia” do Reinaldo Moraes.
Enfim... a imagem que eu tinha do ZZ Top não era das melhores. Aquela banda de pop rock bem comercialzão dos anos 80 que tinha clipes legais, cheias de mulheres gostosas e aquele Hot Rod vermelho. Foram as turcas que me mostraram os anos 70 do ZZ Top que é uma fase do caralho da banda. O disco 3 Hombres é sempre citado nas listas de melhores da década e tal. Mas praticamente todos os discos são ótimos: o primeirão, o Rio Grande Mud, Fandango, Tejas e o Deguello.
Billy Gibbons passou a ser um dos meus guitarristas preferidos pela pegada, pelos riffs infernais e também pela inventividade, o uso criativo de timbres. Aliás, os caras do Texas são foda mesmo. Stevie Ray, Johnny Winter e o Albert Collins, que eu vi no primeiro festival de blues brasileiro, em 1988 ou 89, em Ribeirão Preto, são texanos. Gibbons é da mesma estirpe.
E o segundo show do ZZ em São Paulo foi pra quebrar tudo. Esqueçamos o mala do Hudson e sua bandinha cover chulé na abertura. Vamos ao filé: ZZ Top com som perfeito, Gibbons detonando, vídeos muito legais no telão, as guitarras peludas e, principalmente, o repertório espetacular com “Brown Sugar”, “Just Got Paid Today”, “My Head´s In Mississippi”, “Cheap Sunglasses”, “I´m Bad, I´m Nationwide”, “La Grange”, “Tush” , os sucessões oitentistas “Sharp Dressed Man” e “Legs” executados no talo e até uma versão para “Hey Joe” , com direito a Hendrix no telão numa foto junto com Billy Gibbons novinho, ainda sem barba. Diz a lenda que pouco antes de morrer Hendrix se referiu a Gibbons numa entrevista como o “melhor guitarrista jovem americano” e deu a ele uma guitarra cor-de-rosa de presente.
O fato é que o show foi um tesão. A Aline, que nem conhecia a banda direito, quis até comprar uma camiseta depois do show. Acho o ZZ Top uma das bandas mais divertidas do rock, junto com AC/DC, Ramones e Motorhead. E isso não é pouca coisa.


Sabadão foi o dia de ver o Johnny Winter. Achei a banda de abertura chata apesar dos fodões brazucas André Cristovam e Luis Carlini. Totalmente dispensável os caras tocarem “Agora Só Falta Você”. Enfim... ao que interessa: Johnny Winter em terras brasileiras pela primeira vez. Muita gente que curte o som do cara há décadas babando pra ver o cara. O público ultra caloroso recebeu o branquelão claudicante de pé, aplaudindo freneticamente. Eu confesso que ao vê-lo andar fiquei com medo que o cara fosse cair da sua bota texana. Ele tá realmente detonadão. Talvez até por isso o público tenha sido ainda mais carinhoso. Havia um clima de reverência no ar. E vê-lo sentar e empunhar a guitarra com o chapelão preto afundado na cabeça e os cabelos brancos caindo nos ombros foi mesmo emocionante.
Mas a coisa quase foi por água abaixo por causa da bosta que estava o som no Via Funchal. Deu saudades do som límpido do ZZ Top. Tudo meio que embolado, alto demais e não dava para entender o que o Johnny Winter falava entre as músicas.
Apesar da massaroca sonora, a coisa fervia quando o albino soltava os berros no microfone e os dedos nas cordinhas da guitarrinha preta que ele usou o show todo. O som “dele” soava por cima da embolação da banda. E era foda. E dá-lhe clássicos: “Good Morning Little Schoolgirl”, “Miss Ann”, “Bony Morony”, “It´s All Over Now”, e Hendrix outra vez com “Red House”. Foi só no bis que a lendária Firebird apareceu pra ele massacrar “Highway 61” com o slide hipnótico comendo quente e levantando o público.




Apesar dos pesares, valeu ver o cara ao vivo. Mesmo estando que é só carcaça, dizem que roído pela heroína, Johnny Winter ainda toca muito.
Foi isso... as guitarras incendiárias de Billy Gibbons e Johnny Winter no mesmo final de semana. Meu sonho dourado de guitarrista frustrado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vampire Blues



Não uso mais óculos escuros
Sou o antivampiro perfeito
Derramo meu próprio sangue nas ruas
Com a estaca cravada no peito