Por sobre a solidão do mar
As luas flutuaram.
E foram centenas.
Fatigadas, encobertas por nuvens e trancadas em caixas de vidro.
Por sobre o asfalto
As madrugadas escorreram.
E foram milhares.
Com suas estampas frias, seus répteis e suas correntes.
Agora, por sobre os prédios
Um milhão de manhãs explodem.
Sórdidas, suspeitas e cheirando a enxofre.
O importante é que tragam o sol.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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5 comentários:
Muito bom, meu caro. Producao nova ou da gaveta ?
Abracao Fu´bá.
Wilson.
Tbém fiquei em dúvida se é produção nova ou da gaveta como disse Pedroso Cave.
Gostei muito!
Não é casa, esposa, filho, cachorros, contas e trinta e poucos infernos que vao nalfragar o velho poeta.
Paudurescendia! Pois todos os roses, com cuspe e com jeito são feitos.
Grande abraço
Txélos
Paudurescencia - pau pra fora! pau pra dentro (do rose)! precisamos fazer mais músicas de pau duro.
DUCARALHO!
Txélos, que porra é essa de rose ? Parece coisa daquela música do Jorge Mautner com o Caê no disco "Céu de estrelas": "Você quer uma rosa ou uma rose ?"
Em falar nisto, ontem fui numa festa demente num bairro meio perifa, com uns cinco ambientes diferentes, num só ruídos, música eletroacústica, filmes sem nexo passando em telas, labirintos com saída para vários lugares da festa etc. Tudo num subsolo de um prédio, festa de estudante. Fiquei na pista de danca, tirando casquinha das gostosas e tentando meu lugar ao sol. Em dado momento, lá pelas 3, comeca a tocar "Herói das Estrelas" naquela versao do Gil ao Vivo, aquele disco fudido da década de 70. Nao acreditei, até porque nao tinha nenhuma relacao com qualquer música que havia tocado antes. É isto, continuemos na luta. E contra o desânimo o pau em riste para as estrelas. Até Mar. Pedro.
Pornográficos amigos,
O textinho é novo mesmo. A encanação, no entanto, é velha, velha, velha e menina...
Saravá!
Sérgio
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